Há vários anos que a Gladys Silva põe as gentes do nosso concelho a mexer e a expressar-se pela dança. A Palhacense já nos habituou aos seus momentos e atividades dançantes, dando aulas e criando espetáculos com esta arte sempre no centro. Ao longo de 20 anos, apresentou diversos, em parceria com instituições como o Infantário e a Escola Primária Frei Gil, o Centro Social de Oiã, o ABC Bustos, a FUOB, entre outras.
Em 2009, altura em que propôs ao Oliveira do Bairro Sport Club uma secção de Dança, foi também mentora e responsável pelo projeto OBSCDance, onde criou e planeou espetáculos de cariz solidário, a sua maior ambição e missão.
Atualmente, é Técnica Superior de Desporto na Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, apoiando esta secção “de corpo e alma", no que respeita às práticas dançantes.
A meditação, a leitura, a jardinagem também formam uma grande parte do seu dia a dia, mas é na dança que encontra o espaço para se expressar verdadeiramente e explorar a sua criatividade.
Foi, também, por causa desta relação que, recentemente, colaborou pela primeira vez com a PROMOB, em Maybe a Dream, D. Quixote, um espetáculo bailado, cuja receita reverteu em favor da nossa Associação e que nos pôs a sonhar com um mundo mais justo, curioso, contemplativo e energético.
O primeiro contacto com esta arte surgiu na infância, altura em que acompanhava o seu avô no Rancho Folclórico da Palhaça. “Como nunca cheguei a ingressar, cada vez que chegava a casa tentava replicar alguns dos passos.”, recorda. Mais tarde, começou a participar nas coreografias das festas da escola, até que, aos 18 anos, iniciou os estudos e práticas mais formais em danças urbanas e sociais.
A inspiração chega-lhe de muitos lados. “Filmes, palavras, fotografias, músicas, vídeos, notícias”, afirma. Mas, sobretudo, da vontade de aprender e desmistificar estilos de dança e “de construir uma família dançante com objetivos e um mesmo sentido de missão”.
É por isso, também, que vê na PROMOB uma aposta ganha, pelo trabalho contínuo na promoção da cultura por e para a comunidade. “Quanto a mim, só enriquece, aquece e aproxima quem participa”, declara.
Com o mesmo sentido de missão, o de integrar as gentes na produção e no usufruto da cultura, a Gladys, o OBSC Dance e os projetos que tem para o futuro continuarão a arriscar na dança como forma de criação de arte e, sobretudo, de um mundo mais inclusivo, solidário, feliz, sustentável e em movimento.
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